terça-feira, 12 de junho de 2012

O que é o amor?


Miguel Levy

Afinal, o que é o amor?? Cantado, escrito, declamado, rerpesentado, tocado, imitado. Um sentimento discutido, estudado, teorizado mas que na verdade continua ainda sendo uma grande interrogação para quem busca uma resposta.
Ao longo da vida escutamos e vemos muitas coisas acontecendo por causa do amor, ou pelo menos responsabilizando o amor por tantas outras. Sóbrias, loucas, discretas e extravagantes. O amor pode ser responsabilisado por qualquer uma delas e ninguém pode contestar nada. Cada um ama da sua forma, da sua maneira.
No dia dos namorados, vemos um amor adocicado, rimado, poetizado e cheio de corações entrelaçados. Um amor que envolve jovens e nem tão jovens assim. Muitas declarações e votos de amor para toda vida é o que inundam os corações apaixonados.
Mas eu quero apenas falar do que penso sobre o amor. Pensando basicamente na origem do amor, começo a realinhar meus conceitos, que por tantas vezes me levaram a dizer frazes como: Vou te amar cada vez mais; ou coias do tipo: meu amor esta aumentando a cada dia. Como o amor pode aumentar? Se aumenta, pode também diminuir? Se aumentar muito, pode se tornar eterno? Se dimunuir muito, pode sumir? 
Após vinte anos de casado, e com duas filhas crescendo, me atrevo a expressar algumas opiniões muito pessoais, mas que servem de base para minha vida.
Acredito firmemente que o amor é uma dádiva de Deus aos homens. Uma dádiva que não foi comprada ou encomendada, mas sim tirada do próprio Deus que a Bíblia diz que É amor. Por isso acredito que assim como Deus é ou não é, em relação ao amor também creio que amoamos ou não amamos, e quando amamos, esse amor é plenamente suficiente para durar toda uma vida.
Quando nos aventuramos nos caminhos do amor, que deverá ser a base de um relacionamento duradouro, entendo que não sabemos muito, ou quase nada do amor. Acreditamos e nos guiamos por muitas coisa qe envolve o início dessa caminhada. É como em um parque de diversões, onde todas as luzes, cores e música nos convidam a entar em uma aventura que mais adiante nos fará viver experiências fenomenais, mas que se nos fossem colocadas friamente logo no início, certamente poderiamos não encarar. Descer em uma montanha russa em um carrinho sem cobertura a duzentos quilômetos por hora fazendo curvas que desafiam a física e com a enorme possibilidade daquilo não parar no local, é uma experiência única, mas que é precedida por inofensivos carrocéis cercados de pessoas onde vemos nossos pais sempre perto.
Quando iniciamos nossa caminhada no amor também os ocupamos com muitas coisas que não são amor, onde na verdade encobrem o que o amor verdadeiramente é. Ao longo da vida, muitas dessas coisas vão se perdendo, como se as cascas fossem caindo e aos poucos desnudando o que se mantinha oculto nos permitindo conhecer a essência do nosso verdadeiro amor.
Quando a beleza física passa a descansar nos álbuns de fotografia, quando a ostentação de um tempo mais favorável dá lugar a uma crise que muitas vezes com ferocidade arranca algumas cascas que envolviam nosso mais puro sentimento, nesses momentos começamos a ter acesso ao que estava oculto e que sábiamente começa a ser revelado em momentos quando precisamos acima de tudo saber amar.
Ao descobrir o amor passamos a não entender como ainda estamos com uma pessoa que de longe se parece com a que nos conquistou em um temnpo onde a única coisa que nos movia era a turbina que agitava nossos homônios para mantê-los a flor da pelo, sempre.
Não entendemos como suportamos tantas crises e momentos difíceis juntos quando a imágem do nosso espelho simplesmente diz: você não precisa passar por isso.
Nessa linha de pensamento, imagino ainda temos muitas cascas para tirar até que possamos nos deparar com o que é o amor de verdade, ou na sua plenitude.
Os gregos talvez tenham sido os que mais se preocuparam em classificar o amor e mesmo assim, ficaram sem argumentos ao se deparar com a forma mais desnuda de amor, o ágape, amor de Deus.
Hoje entendo que podemos ser recepcionados pelo amor éros, que cheio de cores nos apresenta um caminho prazeiroso, que nos une fisicamente para o início de uma nova vida. O convívio e os desafios nos obrigam a compartilhar sonhos idéias, sucessos e frustrações e começamos a descobrir que alem de carne, precisamos de cumplicidade, companheirismo. Se revela o jeito filéo de amar. Vem os filhos, a família se completa e os desafios continuam. Começamos a perceber que em tempos difíceis, quando até mesmo tragédias nos alcançam, sentimos fluir de nosso interior uma força gerada no amor fraternal, que une famílias e dá uma sobre-carga de energia que nos tira juntos de situações inimagináveis.
É o amor que aos poucos vai se revelando em nossa vida nos dando mais certeza de que na verdade, desde o início, já amavámos tudo aquilo, simplesmente não sabíamos que tinham um potencial tão grande dentro de nós.
Sim, eu não esquecí, apenas deixei o ágape para o final pois acredito que para nós deve ser a consagração do amor, quando a única coisa que vemos, respiramos e vivemos é o amor na sua forma mais pura, que deixa homens como o inspirado e amoroso evangelista João sem palavras ou qualquer tipo de argumento que o encoragem a se aventurar em uma explicação do que seja o amor de Deus (João 3:16). Neste caso, ou sou apenas um feliz beneficiado.
Fechando a idéia, no dia dos namorados, hoje, me atrevo a dizer que não amo minha esposa mais do que quando nos conhecemos. Eu apenas conheço o amor muito mais do que quando nos conhecemos e isso nos faz superar, suportar, abrir mão com a estranha sensação de que vale a pena copntinuar na caminhada desse surpreendente e fenomenal caminho na descoberta do que é o amor.