quinta-feira, 28 de julho de 2011

Adote Seu Filho Vivo




Miguel Levy

“Pai de Amy Winehouse planeja criar fundação para ajudar viciados”
"Estava em Nova York com meu primo Michael quando soube da notícia (da morte de Amy) e na mesma hora eu disse que queria uma Fundação Amy Winehouse, algo para preservar as coisas que ela amava - crianças, cavalos... - mas também para ajudar aqueles que lutam contra a dependência química" – Plantão O Globo.
Foram essas as palavras de Mich Winehouse, pai da cantora e compositora Amy Winehouse durante o seu funeral, demonstrando sua intenção em prestar uma homenagem a filha encontrada morta finalizando uma vida entregue as drogas e ao álcool.

O que me chama a atenção é que Mich não é o primeiro a homenagear filhos depois de mortos, principalmente quando os mesmos são levados precocemente por uma vida de abandono e falta de atenção e presença familiar. Parece que é uma forma auto-redentora  de buscar salvar o que foi perdido produzindo a imagem de um herói. Aqui no Brasil temos o triste exemplo do jovem Cazuza, transformado em herói, protagonizando filme, entitulando ONGs, e deixando cada vez mais público o péssimo exemplo de vida que um jovem cheio de talento pode viver.

Em todos os casos vemos a mesma história se repetindo. Jovens cheios de talento em uma estrutura familiar que não oferece o que todo filho precisa ter. Amor, atenção, acompanhamento e presença participativa e comprometida de pai e mãe. Isso independente da condição sócio-econômica da família em questão. O modelo de família estabelecido por Deus é válido e eficaz para qualquer família do mundo. O que a Palavra de Deus nos ensina é uma regra fundamental para garantir o sucesso de nossos filhos.

Amy Winehouse iniciou sua carreia aos 13 anos de idade e logo cedo começou a “ganhar” a vida em meio a bares e pubs, e tão logo começou a fazer sucesso e oferecer uma “melhor” condição de vida a família, o pai, até então motorista de taxi, também decolou para a carreira artística que provavelmente estava guardada em alguma gaveta do armário de frustrações pessoais que todos temos. Quando a oportunidade surge, o natural é dizer: chegou a minha vez.

Tanto talento pode ser o pior inimigo para quem não tem uma estrutura familiar forte o suficiente para servir de suporte que garanta a edificação de uma vida saudável. A ruína é a certeza mais provável.
Chega a ser demagógico se propor a financiar tratamento e cuidado para os filhos dos outros quando não temos priorizado os poucos a nós confiados. A Bíblia nos instrui a ensinar nossos filhos NO caminho que devem andar. É um trabalho comissionado aos pais. Amigos, tias, avós, ou muito menos empregados podem cumprir essa missão com a dedicação e presença suficientes para forjar um caráter em uma criança a não ser os pais.

A melhor homenagem que podemos prestar aos nossos filhos é adotá-los enquanto estão vivos. Adoção é a forma que temos para gerar filhos através do compromisso de nossa palavra. É a aliança que fazemos com nossos filhos dizendo a eles que além de tê-los concebido também desejamos nos responsabilizar, cuidar das suas vidas educando-os e apresentando o caminho que devem seguir. É a forma de oficializarmos aos nossos filhos que nós o queremos, por isso o adotamos. Essa é a homenagem que todo filho precisa.

Como pais, muitas vezes nos focamos unicamente na sobrevivência, no sustento de nossos filhos e esquecemos que além de supridores devemos ser os formadores, educadores e sacerdotes de nossos filhos. Ensiná-los princípios de obediência, respeito e conquistar credibilidade ao ponto de nos tornarmos seus conselheiros. Na música REHAB, a jovem Amy expressa de uma forma talentosa que não esta bem, precisa de ajuda, amigo e o seu pai diz que ela precisa passar 10 semanas em uma clínica de re-habilitação e ela responde enfática: Não! Não! Não! E mais uma vez constatamos que a bíblia esta certa. Mostrar o caminho sem estar nele, terceirizar cuidados para nossos filhos não funcionam. Precisamos adotá-los e dessa forma homenageá-los enquanto estão vivos. Abra os braços, ofereça amor, atenção, sua vida e com certeza eles vão dizer: Sim! Sim! Sim!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um Grito de Socorro



Miguel Levy
Nesse último final de sema nos deparamos com a notícia da morte de Amy Winehouse, uma jovem talentosa que faleceu aos 27 anos. Surpresa para uns enquanto para outros, inclusive a própria mãe, uma notícia que poderia surgir a qualquer momento em função do estilo de vida que a jovem cantora vinha levando nos últimos anos.

Não deveríamos achar normal que esse tipo de fato ocorresse. Jovens talentosos sendo privados da vida tão cedo. Recebendo a visita da morte no momento mais produtivo de sua existência na terra. O mesmo aconteceu com Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Robert Johnson, Pete Ham, Kristen Pfaff, Gary Train . Todos com história de vida parecidas. Fama dinheiro e facilidades que qualquer outro mortal não conhece mas anseia por ter. Facilidades que estranhamente tornam a vida mais difícil de ser vivida e revelam de uma forma explosiva um imenso vazio, uma espécie de buraco negro que consome todas as energias e recursos deixando evidente a real necessidade de uma vida que justifique a existência.

No caso específico da Amy Winehouse, usando o talento recebido de Deus (Tiago1) de várias maneiras ela expressou seu grito de socorro, pedindo ajuda na busca de uma vida suportável, o que vemos na música REHAB (rehabilitação). Para quem tem alguma sensibilidade e conhecimento das escrituras sagradas, logo percebe o que o apóstolo Paulo fala no capítulo oito da carta aos Romanos quando diz que a criação grita, geme, chora a espera que os filhos de Deus se manifestem.

Criticar, julgar e acusar quem não consegue entender e aceitar a mensagem da cruz pode ser um comportamento defensivo de quem conhece a verdade da mesma forma não tem entendido a mensagem da cruz que não se conforma com os resultados produzidos pela cultura do presente século que leva a humanidade ao roubo, morte e destruição. Muitas vezes nos justificamos com o fato de já termos pregado essa mensagem a alguém que não aceitou apesar de algumas repetições e repetindo o ato de Pilatos, lavamos as mãos, nos eximindo da responsabilidade sobre aquela vida. Contudo, nosso papel como igreja de Jesus é dar continuidade a sua missão na terra que não consiste em julgar ou criticar mas em promover salvação (João3).

Devemos assumir a responsabilidade que esta sobre nós de alimentar os famintos, saciar os sedentos e calar o gritos os angustiados de espírito trazendo a mensagem da cruz que pode ser loucura para alguns, mas é poder de Deus para todo aquele que recebe Jesus como salvador e autor da vida.

Lamentamos a morte da jovem e talentosa Amy Winehouse, assim como lamentamos a morte de milhares de anônimos que tem o mesmo destino, condenados a passar a eternidade sem a possibilidade de comunhão com Deus. Lamentamos pela vida de milhares que diariamente são privados da vida plena oferecida por Jesus disponível a todos os que crêem. Assim como lamentamos por milhares que mesmo conhecendo a mensagem da cruz, se mantém calados fingindo não ouvir os intensos gritos por socorro de quem não consegue existir sem uma razão para viver.

Todos nós temos uma Amy Winehouse bem perto, que grita por socorro ao nosso ouvido e espera nos revelemos como filhos de Deus.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Evangelho da Prosperidade - Paul Washer


Acredito nesse evangelho que vem para os que nada tem a oferecer em troca de bênçãos. Esse discurso pode não dar "ibop", mas com certeza nos salva, principalemnte de nós mesmos. Assista o vídeo. É rápido.

Miguel Levy

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mergulhe no Evangelho


Miguel Levy

Não é difícil encontrarmos quem de alguma forma questione o porque Deus não torna as coisas mais simples para nós. Por que Deus não acaba logo com a fome, a miséria, com as doenças. Por que não prende logo o diabo e nos deixa viver apenas para adorá-lo. Se nos deixarmos envolver por esse discurso podemos até concordar e nos tornarmos mais uma voz nesse clamor "sedento de Deus". Mas por outro lado também podemos ver que essas mesmas pessoas são acomodadas, despreparadas e pouco conteúdo apresentam, quando nos referimos a Palavra de Deus. Nesse ponto entrendemos que na verdade a grande maioria das pessoas busca apenas uma forma mais fácil de se relacionar com Deus expondo toda a sua pouca vontade de superar os desafios para descobrir mais de tudo o que Deus tem reservado para nós.
No texto bíblico do profeta Ezequiel, capítulo quarenta e sete, vemos o relato de uma visão onde um homem o leva a diversos níveis de profundidade dentro de um rio e tendo mostrado as águas mais profundas o trouxe de volta a márgem. Por morar em uma cidade litorânea e por ter frequentado a praia com certa regularidade, me sinto mais confortável para discorrer nesse tema em um cenário as márgens do oceano Atlântico onde moro.
Posso imaginar o evangelho como o oceano, mesmo o Atlântico que banha o litoral onde vivo, que não é o maior mas com cerca de 106 milhões de quilômetros quadrados já é bem representativo quando comparado a qualquer homem. Ainda hoje nunca foi totalmente explorado e por isso posso me utilizar dele como exemplo.
O relacionamento das pessoas com o oceano pode ser visto de diversas maneiras e todas tem um bom motivo para justificar seu envolvimento. Vamos citar alguns deles.
Em primeiro lugar podemos citar os que admiram o oceano. Passam algum tempo observando, admirando, fotografando e imaginando muitas vezes o que poderia existir naquela imensidão. Muitos desses nem ousam molhar os pés, mas mesmo assim defendem sua admiração como um sentimento genuino e verdadeiro.
Existem aqueles que foram apresentados ao oceano e uma vez que chegaram na praia, deram um mergulho, brincaram nas ondas e decidiram: Não largo mais essa vida. Após essa decisão assmem um compromisso de semanalmente estar na praia usufruindo dessa maravilha que é o oceano.
Outro grupo se aventura nas ondas, em constantes e rápidas viagens que provocam alegria, promovem diversão e uma boa sensação de liberdade. Contudo, requer um pouco mais de ousadia e dedicação para descobrir os segredos de flutuar nas ondas. O mesmo acontece com quem quer ir além das ondas e experimentar a sensação de invadir o oceano em busca da linha do horizonte. Ousam perder o contato com a terra e se deixam levar pelas forças do oceano. Descobrem novos horizontes, que os banhistas da praia nunca jamais entenderão, por mais que se explique.
Há ainda um grupo que além de se deixar levar pela imensidão da superfície do oceano, decidem mergulhar para descobrir o que esta oculto da nossa visão natural, e nessa busca encontram sempre um motivo para mergulhar mais fundo e se surpreender cada vez mais com o que lhes é revelado a medida que tornam seus mergulhos mais profundos.
Deus nos apresentou o oceano e nos deixou na praia. Cabe a nós decidir até onde iremos nesse oceano chamado evangelho. Muitos, muitos mesmo se contentam em religiosamente (falo no sentido literal) todos os finais de semana frequentarem a praia do ovangelho. Se divertem na areia, dão mergulhos rápidos para refrescar, se deixam "derrubar" pelas ondas e quando muito aprendem a surfar para curtir de forma mais "radical" esse tempo. Se encontram no mesmo ponto da praia e já vem com a programação feita. Hora de chegar e hora de sair. Quem gosta de ondas mais fortes, vai para um lado. Quem aprecia ondas mais fracas, vai para outro lado e quem prefere a ausência das ondas, se acomoda em frente ao quebra-mar que ameniza a força das ondas e deixa apenas pequenas marolas chegarem a praia.
Creio que não há nada de errado em se manter na praia por toda a vida. É uma decisão pessoal. Mas é incontestável o fato de que o evangelho de Jesus foi disponibilizado a nós sem qualquer tipo de restrição. Cristo veio abrir todos os acessos aos seus segredos mais profundos. Para isso, basta que entremos e mergulhemos cada vez mais fundo nesse oceano do evangelho. É certo que para isso, com toda certeza teremos que sair do esquema "religioso" e pragmático que nos limita semanalmente a um tempo de contato com o evangelho, pois para ir além das ondas navegar e mergulhar fundo, precisamos  de uma viagem bem maior. Mas é exatamente nesse ponto, longe da praia, sem os pés na terra, totalmente e literalmente envolvido por um abiente sob o qual não temos controle e onde nos sentimos totalmente impotentes, que poderemos experimentar a riqueza da graça de Deus, nos ensinando a viver de forma sobrenatural nesse mundo. Com certeza ninguém volta de uma viagem dessa sem ser transformado, e o mais espetacular é que quando voltamos à praia temos a nítida sensação de que o nosso verdadeiro mundo não é mais aquele e o insaciável desejo de descobrir mais e mais do que o evangelho tem a nos revelar talvez provoque uma inquietação para voltar a novos mergulhos.
 
Assim como no oceano, o evangelho não será alterado ou prejudicado se não decidirmos mergulhar fundo, se deixar levar e receber tudo oque ele pode nos revelar. Nesse relacionamento apenas nossa vida é afetada e mudada. Por isso, para quem vive essa experiência, a praia pode ser muito divertida, mas com certeza não satisfaz mais, e o único motivo que justifique voltar à praia seja convencer tantos outros a mergulhamos juntos nesse oceano que é o evangelho de Jesus Cristo.