quarta-feira, 4 de maio de 2011

Casamento Real



É incontestável o fato de que o casamento real entre o príncipe William e Kate Middleton foi um dos assuntos mais comentados em todas as mídias. Redes sociais nem se fala. Sempre haverá um encanto e poesia no ar quando se fala de fatos como esse que nos remtem aos contos de fada. Um sonho fantasioso que até as mais moderninhas de nossos dias, escondem, mas com certeza pelo menos uma vez na vida se surpreendeu viajando na fantazia de encontrar seu príncipe encantado. O duro dos contos de fada é que fatalmente encontraremos a frase: "...e viveram felizes para sempre. Fim". Um happy end seguido por uma virada de página que nos devolve a realidade deixando todo o sonho se dissipar em um último suspiro saudoso.

O que parece impossível ou no mínimo remotamente provável na verdade é uma receita que consiste em poucos ingridientes. O casamento entre um príncipe e uma plebéia na verdade necessita de um reino estabelecido, um nobre disposto a se envolver com alguém do povo e, obviamente, alguém do povo. Juntando esses ingridientes podemos ter um evento extraordinário e pouco comum. O casamento de um nobre com uma plebéia. Mas eu disse que era simples, e não que era fácil.

Mas esse fato me faz meditar em uma história parecida que possibilitou que muitos plebeus pudessem fazer parte de uma família real, se tornarem herdeiros do trono, legítimos cidadãos do reino. Me refiro ao reino de Deus, que seguindo os mesmos princípios de qualquer monarquia possibilita abrir as portas da família real para que um plebeu possa entrar.
Nós homens habitantes da terra, poderiamos conhecer a fórmula e os ingridientes para nos tornarmos membros de um reino, mas sozinhos, jamais poderiamos realizar tal façanha uma vez que só teriamos um ingridiente da lista. O plebeu, alguém do povo. O grande desafio era ter um reino estabelecido na terra e desse reino surgir um nobre de sangue real para assumir um compromisso conosco.

Em Mateus 4:17 Jesus iniciou um discurso focado em anunciar a chegada de um reino na terra. O reino de Deus. Que maravilha, agora já temos dois dos ingridientes. O reino e a pessoa do povo. Bastava apenas ser escolhido por um nobre desse reino para mudar nossa condição de escravos.

A parte da escolha é interessante porque o bacana dos contos é que o príncipe, o nobre é quem escolhe e dessa forma revela todo a bondade do seu coração beneficiando alguém menos favorecido. No evangelho de João 15:16 vemos Jesus, o nobre rei dos reis, declarando que nós não o escolhemos, ele nos escolheu. Parece que todos os ingridientes agora estavam reunidos e prontos para serem processados.

A decisão de escoher a noiva com a qual passará toda a eternidade gerou um ato de compromisso. Da mesma forma como o príncipe William deu a sua escolhida uma jóia muito preciosa (32 milhões de libras) para selar o compromisso. Jesus selou seu compromisso com a igreja utilizando o seu sangue derramado na cruz, por isso é mencionado em 1 Coríntios 11:25: "este é o cálice da nova aliança", que segundo o escritor aos Hebreus 8, uma aliança infinitamente superior que é capaz de dar cobertura e proteção a noiva eté a consumação do casamento.

A igreja é a noiva do Rei, escolhida por ele, sem ter sangue real, sem qualquer coisa que a qualificasse mas alcançada pelo seu amor sendo a mais nítida forma de expressão desse amor, o amor de Deus, o grande soberano de um reino distante estabelecido na terra para conquistar novos cidadãos atraindo-os pela mais poderosa arma. O amor.

Após o compromisso selado com o sangue de Jesus, a sua igreja, resgatada do império (reino) das trevas para o reino (império) do filho do seu amor (Col 1:13), aguarda o dia tão esperado das bodas onde a união será definitivamente consumada. Em Apocalípse popdemos encontrar a narrativa daquele dia que virá onde João escreve: "Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a sí mesma se ataviou, poi lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo resplandecente e puro." Esse sim, será o grande evento esperado pela igreja de Cristo. A noiva plebéia escolhida para fazer parte de um reino de paz, alegria e justiça onde o soberano viverá para sempre. O seu reinado não terá fim.

Por isso fico feliz em mais uma vez constatar que realmente todas as coisas são nEle, por Ele e para Ele. Tudo foi gerado a partir de Cristo e em função dele. O homem nunca conseguirá realizar de forma plena o que Deus criou. Por isso casamentos reais, inspiradores de contos românticos onde príncipes se apaixonam por plebéias parecem impossíveis para a grande maioria das pessoas. Mas (eu amo essa palavra), Deus torna possível a todo aquele que crer e acaitar o convite de casamento de seu filho, o Rei Jesus.

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