segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um Grito de Socorro



Miguel Levy
Nesse último final de sema nos deparamos com a notícia da morte de Amy Winehouse, uma jovem talentosa que faleceu aos 27 anos. Surpresa para uns enquanto para outros, inclusive a própria mãe, uma notícia que poderia surgir a qualquer momento em função do estilo de vida que a jovem cantora vinha levando nos últimos anos.

Não deveríamos achar normal que esse tipo de fato ocorresse. Jovens talentosos sendo privados da vida tão cedo. Recebendo a visita da morte no momento mais produtivo de sua existência na terra. O mesmo aconteceu com Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Robert Johnson, Pete Ham, Kristen Pfaff, Gary Train . Todos com história de vida parecidas. Fama dinheiro e facilidades que qualquer outro mortal não conhece mas anseia por ter. Facilidades que estranhamente tornam a vida mais difícil de ser vivida e revelam de uma forma explosiva um imenso vazio, uma espécie de buraco negro que consome todas as energias e recursos deixando evidente a real necessidade de uma vida que justifique a existência.

No caso específico da Amy Winehouse, usando o talento recebido de Deus (Tiago1) de várias maneiras ela expressou seu grito de socorro, pedindo ajuda na busca de uma vida suportável, o que vemos na música REHAB (rehabilitação). Para quem tem alguma sensibilidade e conhecimento das escrituras sagradas, logo percebe o que o apóstolo Paulo fala no capítulo oito da carta aos Romanos quando diz que a criação grita, geme, chora a espera que os filhos de Deus se manifestem.

Criticar, julgar e acusar quem não consegue entender e aceitar a mensagem da cruz pode ser um comportamento defensivo de quem conhece a verdade da mesma forma não tem entendido a mensagem da cruz que não se conforma com os resultados produzidos pela cultura do presente século que leva a humanidade ao roubo, morte e destruição. Muitas vezes nos justificamos com o fato de já termos pregado essa mensagem a alguém que não aceitou apesar de algumas repetições e repetindo o ato de Pilatos, lavamos as mãos, nos eximindo da responsabilidade sobre aquela vida. Contudo, nosso papel como igreja de Jesus é dar continuidade a sua missão na terra que não consiste em julgar ou criticar mas em promover salvação (João3).

Devemos assumir a responsabilidade que esta sobre nós de alimentar os famintos, saciar os sedentos e calar o gritos os angustiados de espírito trazendo a mensagem da cruz que pode ser loucura para alguns, mas é poder de Deus para todo aquele que recebe Jesus como salvador e autor da vida.

Lamentamos a morte da jovem e talentosa Amy Winehouse, assim como lamentamos a morte de milhares de anônimos que tem o mesmo destino, condenados a passar a eternidade sem a possibilidade de comunhão com Deus. Lamentamos pela vida de milhares que diariamente são privados da vida plena oferecida por Jesus disponível a todos os que crêem. Assim como lamentamos por milhares que mesmo conhecendo a mensagem da cruz, se mantém calados fingindo não ouvir os intensos gritos por socorro de quem não consegue existir sem uma razão para viver.

Todos nós temos uma Amy Winehouse bem perto, que grita por socorro ao nosso ouvido e espera nos revelemos como filhos de Deus.

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