quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Evangelho DENOREX

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo,” 2 Cor 10:4

A Palavra de Deus nos ensina de forma bem clara como devemos agir no mundo, contudo, devemos agir de acordo com os princípios de Deus. O reino de Deus ao ser estabelecido na Terra deve seguir os princípios e normas do Reino de Deus e não do mundo.

Nossa grande dificuldade consiste em entender isso. Aceitar em nossa mente já empregnada com a cultura deste mundo, a agir de uma maneira muitas vezes bem diferente do que estamos acostumados a fazer. Nossa experiência humana sempre nos da subsídios a nos encorajar a agir seguindo da forma que sempre tem dado certo em nossa vida diária.
A bíblia diz que a sabedoria humana é terrena, animal e demoníaca (Tia 3:15), baseado nisso podemos entender porque não podemos promover o Reino de Deus na terra baseado em nossa natureza humana e usando as ferramentas humanas ou carnais. Paulo escreveu aos Coríntios que as armas que devemos usar não são carnais, humanas, terrenas, mas são espirituais e poderosas em Deus para destruir fortalezas e sofismas que se levantam contra o conhecimento de Deus.
Quando pensamos nisso, entendemos a razão pela qual o inimigo muitas vezes ajuda a promover um evangelho fundamentado em sofismas, que são quase verdades, mas afirmadas com tanta freqüência e firmeza, passam a ser tidas como verdades. E esse é o pior tipo de inimigo a se combater, o que esta perto, que não é totalmente oposto a nós. É mais fácil repudiar uma mentira do que uma “quase” verdade.
Analisar os exemplos de sucesso no mundo e trazê-los para igreja de Cristo tentando conseguir os mesmos resultados, pode não dar certo. Estratégias utilizadas no comércio para fidelizar, atrair ou conquistar clientes podem não se apresentar tão eficazes quando aplicadas no reino de Deus. É comum no comércio mostrar apenas o que é interessante que o consumidor veja. As letras grandes dos anúncios, mas sempre ficam as letrinhas no roda-pé, o chamado “texto legal” que só será lido ou procurado quando alguma coisa não deu certo. No reino de Deus é diferente, tudo é mostrado as claras e nenhuma verdade é omitida, nenhum mistério é mantido. O mistério que esteve oculto por tempos agora foi revelado em Cristo (Col 1). O “texto legal” do evangelho é a palavra de Deus revelada a todos como luz que iluminam os olhos antes obscurecidos pelo inimigo.
O comércio tenta fidelizar o cliente, mas na verdade o prende, oferecendo sempre uma nova possibilidade de ganhar um brinde. Juntando dez cartões, o décimo primeiro prato é grátis. Imaginem o desespero de quem perde o cartão com nove carimbos... tem que começar tudo de novo. E na verdade, na verdade, nada é grátis você paga o décimo primeiro prato em dez parcelas antes de recebê-lo. Essa é a lei do mundo. Paga primeiro e recebe depois. No reino de Deus é diferente. Deus primeiro nos deu, nos abençoou, para que pudéssemos usufruir sem dever nada a ele. Em função disso, a nossa fidelidade a Ele não deve estar condicionada a um brinde a ser ganho, mas a um reconhecimento por já ter recebido. Deus não nos prende as bênçãos ele nos libera, nos deixa livre, pois fomos libertos pela sua verdade.
O comércio atrai utilizando iscas, sofismas, quase verdades. – Você paga em 50 vezes, “sem juros”. É claro que tem juros embutidos, mas de tanto se falar, é tido como verdade, mas é um sofisma. Uma mentira que todo mundo acredita e tem como verdade. Uma isca. No reino de Deus, não é assim. Jesus disse: “eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Essa verdade deve estar acima de todas as coisas. “no mundo vocês vão ter aflições...”, “muitos vão abandonar vocês por causa desse evangelho”. Jesus nunca usou artifícios, subterfúgios ou mentiras para conquistar seguidores e fazer discípulos. Nosso Deus não precisa ser embutido por traz de necessidades humanas. Sendo vendido como casamenteiro, agencia de emprego, mecânico ou qualquer outra solução de necessidades humanas, como se ele não fosse mais do que suficientes para o homem. Jesus disse buscai em primeiro lugar o reino de Deus e essas demais coisas serão acrescentadas (Mat 6). Se essa é a prioridade, devemos oferecer em primeiro lugar o Reino de Deus que NÃO É comida nem bebida, mas É justiça, paz alegria no Espírito (Rom 14:17). Comida e bebida são produtos do reino do mundo, quem busca isso em primeiro lugar, não busca o reino de Deus. Quem oferece isso em primeiro lugar, não oferece o reino de Deus. O que é visível é passageiro mas o que é invisível é eterno (2 Cor 4:18).
Se desejamos atrair as nações para Cristo, temos que pregar Cristo, somente. Não tentar imitar o mundo com seus modelos e estratégias mundanos. Os padrões de sucesso do mundo enganam pois buscam somente ofuscar a visão com olofotes que se apagam, com números que mudam, e com sucessos passageiros.
A idéia de que Deus esta no negócio somente porque esta crescendo é um grande sofisma. O crescimento (numérico) e a prosperidade do ímpio parece que sempre foi maior pelo menos dede os tempo de Daví quando Asafe se via incomodado com a prosperidade dos maus (Sal 73).
Assim como é um grande sofisma afirmar que não existe a bênção de Deus porque não há crescimento (numérico), uma vez que muitos foram os que cumpriram seu papel no reino de Deus e não juntaram multidões ou acumularam qualquer tipo de patrimônio. João Batista, preparou o caminho para o Messias, no entanto vagava pelo deserto sem uma “sede própria”, vestindo grife de carneiro e comendo gafanhotos.

Estejamos sempre atentos para o que é oferecido como evangelho de Cristo. Pode até ser muito parecido, pode até ter o nome de Deus. Parece mas não é, como aquela antiga propaganda do shampoo DENOREX que tinha cor de remédio, cheiro de remédio mas não era remédio. Desconfie do preço que lhe cobram para fazer parte desse evangelho, quanto cobram pelas “bênçãos”. Peregrinações, rituais, e sacrifícios adicionais são dispensáveis uma vez que a última peregrinação necessária foi feita por Jesus até o Gólgota onde se fez oferta no sacrifício último e perfeito (Heb 10:12) pagando todo o preço de nossa dívida (Col 2:14) de uma vez por todas. Se ainda tem preço a ser pago, se ainda há sacrifício a ser realizado não é de Deus. Denuncie.
Miguel Levy

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