segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VIVER EM UNIÃO




Quando nos reunimos em uma congregação para juntos cultuarmos a Deus, temos a oportunidade de experimentar o propósito de Deus para nós como corpo e participantes de uma família. É inegável o bem estar que sentimos quando estamos compartilhando o mesmo espaço, o mesmo pensamento, falando a mesma língua vivendo o mesmo amor. Quando estamos em unidade. Pensando nisso lembramos o que o salmista afirmou quando disse que é bom e agradável quando vivemos em união. Por isso falo que quando nos reunimos hoje, podemos apenas experimentar por um tempo a sensação boa e agradável dessa convivência em união.
A questão é que o plano de Deus para o homem não é para uma finalidade temporária, transitória ou passageira. Por isso estabeleceu um princípio espiritual para nortear nossa vida. O estar é apenas para que experimentemos mas o propósito é para que sejamos o que a sua palavra diz a nosso respeito. No salmo 133 o salmista diz que o bom e agradável é viver em união. É nesse sentido que saímos do ambiente experimental, que na maioria das vezes ficamos restritos na congregação, para a realidade de vida que Deus quer para nós.
Estar perto, ficar junto, se manter próximo não expressam nem de longe a realidade de viver em união. Trata-se de uma vida compartilhada em união. E essa união ira produzir o poder, a qualificação divina para tudo o que vamos fazer. É a unção que o salmista tentou exemplificar com a figura do sacerdote sendo coberto de óleo. É por esse motivo que não podemos simplesmente nos conformar em estar juntos mas buscar sempre viver em união. Um coral que apenas esta junto, pode até cantar mas não expressa vida nem poder em sua música. Sem vida o que conseguimos na prática do cristianismo é tão somente performance. Demonstração burocrática do evangelho. O que Deus chamou em Isaías 1 de “reunião solene”. Liturgia sem poder resultante do ajuntamento de pessoas descomprometidas com a vida em união.
Por isso o apóstolo Paulo não pediu, mas rogou aos irmãos da igreja de Éfeso que andassem na vocação para que foram chamados. Que vocação era essa? Ele explica dizendo que pudessem suportar uns aos outros procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Uma vez que só Há um só corpo e um só Espírito, e todos foram chamados em uma só esperança da vossa vocação; tendo um só SENHOR, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos (Efe 4).
Devemos estar atentos para não restringirmos a nossa vida cristã a um espaço puramente experimental quando estamos reunidos nos finais de semana em uma congregação, mas nos esforçarmos para viver essa realidade para estarmos cada vez mais inseridos no propósito do Pai.
É nesse contexto, de vida em união que Deus ordena a bênção e a vida para sempre. Nem só a bênção nem só a vida. Mas bênção e vida. Entender isso pode fazer toda a diferença quando decidimos em que vamos investir nossos esforços, onde gastar nossa energia onde verdadeiramente empreender a nossa vida. Onde focar na bênção ou na vida?
Muitos decidem viver para as bênçãos e transformam suas vidas em uma maratona incansável, em uma peregrinação contínua em busca da bênção que acreditam estar sempre a frente. Um lugar a ser alcançado. Uma meta a ser batida. Um troféu a ser conquistado. A obsessão por bênção pode até ser confundida com fé mas é apenas uma vontade muito grande e talvez até patológica de conseguir algo a to custo.
Contudo, a posição de Deus é bem clara na sua palavra. A bênção ele ordena junto com a vida. Sempre foi assim. Desde Adão quando ele o abençoou primeiro e depois disse frutificai. Viva o meu propósito. A respeito de Jesus, quando ele o ungiu, o qualificou para pregar liberdade, anunciar salvação. Viver o propósito do pai que o enviou.
O importante é entender ou pelo menos acreditar que Deus já nos deu o que precisamos para essa vida e nossa relação com a bênção deve ser a de usuários conscientes. Ter consciência do dom de Deus, do que ele já fez por nós é fundamental para vivermos a plenitude do que ele quer para nós. Se procedermos dessa maneira poderemos viver felizes com o que temos recebido de Deus. Sem qualquer tipo de frustração baseado em expectativas não alcançadas por não estarem em concordância com o que Deus tem para nós.
Viver a cada dia agradecendo pelo que temos e satisfeitos com isso nos deixa tempo para vivermos a vida. Essa vida abundante que através de Jesus já nos foi dada.
Essa é a grande beleza do cristianismo, quando une diferentes pessoas que naturalmente não teriam motivos para estarem juntas, mas encontram na comunhão e o partir do pão a grande realização de suas vidas. Descobrindo que são plenas não na sua individualidade mas na vida em comum, participando de um só corpo. O corpo de Cristo.


Miguel Levy

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A FÉ RESPIRA AMOR

Todos que já passamos pelo ensino fundamental podemos lembrar dessa experiência que se repete em todas as feiras de ciências das escolas. Uma vela acesa que produz combustão pela chama até que alguém isola a vela com um recipiente de vidro que limita a quantidade de oxigênio queimado pela chama. O que acontece em poucos segundo é a diminuição da chama até apagar totalmente. Isso para mostrar que a chama precisa de oxigênio para poder manter-se acesa e queimar, aquecer, produzir calor e energia.


Meditando sobre a fé, imaginamos logo a infinidade de coisas que poderiam acontecer, ou vir a existir, através da fé, e no mesmo instante começamos a confrontar a realidade de que não vemos tantas coisas acontecendo, mesmo sabendo que a todos nós foi dado uma porção de fé da parte de Deus (Rom 12:3). Com Jesus funcionava e comigo não, qual a razão?

Paulo escreveu aos gálatas no capítulo cinco, verso seis que a fé opera pelo amor. Ao meditar nesse texto, me veio a mente a antiga experiência que realizávamos nas aulas de física do ensino fundamental. Que forma didática de entender isso.

A fé precisa de uma atmosfera adequada para que possa operar. Da mesma forma que a chama precisa de uma atmosfera de oxigênio para poder queimar, a fé precisa de uma atmosfera de amor para poder operar. O oxigênio da fé é o amor.

Antes de lançar mão da fé precisamos ter um ambiente favorável para a operação da fé. Por isso Jesus foi tão eficaz em seu ministério operando milagres por onde passava, agindo em fé para abençoar a tantos. Jesus amava a todos. A prova do seu amor foi ter vindo ao mundo enviado por seu pai. Jesus amava Lázaro, seu amigo e amava o filho de uma viúva que encontrou na rua e nem sabia o seu nome. Um amor incondicional e totalmente desinteressado. Onde Jesus estava, a atmosfera de amor já existia, por isso era tão fácil se mover em fé e dessa forma acessar as bênçãos de Deus.

A fé não precisa de expectadores, curiosos e pessoas descomprometidas com as outras. A operação da fé não pode ser vista como um show ou espetáculo para satisfazer curiosidades ou promover entretenimento. Existem circos para essa finalidade. Muitas vezes nos iludimos com multidões acreditando que isso pode favorecer o mover de Deus através da fé, mas um multidão de curiosos e incrédulos não produz uma atmosfera de amor que pode ser gerada por um pequeno grupo de pessoas comprometidas com as outras e ligadas pelo amor. Jesus identificou essa situação quando visitou a filha de Jairo e fez questão de ficar com os poucos que poderiam amar aquela família e se compadecer do seu sofrimento (Lucas 8:51).

Podemos ter fé para transportar os montes, isso é o potencial, se não tiver amor, atmosfera propícia, nada adiantará (1 Cor 13:2). Se tivermos fé para levantar os mortos e não cuidarmos com amor dos próximos a nós, negamos essa fé e nos tornamos piores do que os ímpios (1 Timóteo 5:8).

A cultura do mundo nos leva a viver a impessoalidade, ignorando nossos semelhantes em função de nossos próprios interesses. Amantes de nós mesmos, cultivando o egoísmo, e ganância que aprisionam o homem ao seu próprio umbigo, chegando ao ponto de levar a banda de rock Ultrage a Rigor lançar a música Eu Me Amo, que afirma “eu me amo, não posso mais viver sem mim”. Isso é um grande grito de socorro do mundo a nós filhos de Deus, esperando que nos manifestemos expressando amor e agindo em fé buscando todos aqueles que Deus quer alcançar.

Em Mateus 17, vemos os discípulos cheios de dúvidas tentando descobrir porque não conseguiram libertar um jovem oprimido por demônios. É evidente que a preocupação dos discípulos não era nem com o garoto nem com a família dele que sofria com aquela situação. Eles queriam saber porque ELES não foram bem sucedidos nessa tarefa. O foco da fé não deve estar em nós e sim em quem amamos.

A fé esta em nós, o amor de Deus foi derramado em nossa vida. Temos tudo o que precisamos. Só precisamos agir em fé, movidos pelo amor.

Miguel Levy

sábado, 12 de setembro de 2009

Conduzidos por Cristo





2 CORÍNTIOS 2:14 – “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.

Em Cristo SEMPRE somos conduzidos em TRIUNFO, VITÓRIA.

Naturalmente não precisaríamos de maiores comentários. O texto bíblico é bastante claro e revela que todas as vezes que nos deixamos ser conduzidos (dirigidos, orientados, guiados) por Cristo, em qualquer área de nossa vida, ele SEMPRE nos leva em caminhos TRIUNFANTES, obtendo vitórias em nosso desafios. Contudo, de imediato surge a pergunta:Por que não vivemos essas vitórias em algumas áreas de nossa vida? Por que não somos triunfantes em algumas áreas de nossa vida? A resposta parece pular mais rápido do que a pergunta. Deve ser porque nessas áreas de nossas vidas não somos conduzidos por Cristo.
Ora, se a palavra de Deus diz que ele, Cristo, sempre nos conduz em triunfo e não estamos vivendo isso em nossa vida é porque não estamos sendo conduzidos por Ele. Cristo. Ou podemos questionar a condução de Cristo e desqualificá-lo como condutor?
Então vamos ao fato. Como se deixar ser conduzido por Cristo?
Quando compramos um carro novo dificilmente o entregamos a qualquer pessoa para que possa conduzi-lo, principalmente quando estamos dentro desse carro e mais dificilmente quando não podemos acompanhar com nossos olhos esse carro ser conduzido. Por que isso acontece?
Porque NÃO CONFIAMOS em qualquer pessoa para dirigir nosso carro novo. Muitas vezes nos dispomos a “servir” nossos filhos, esposa ou outras pessoas levando-as para cima e para baixo não necessariamente porque queremos fazer isso, mas para não deixar nosso carro novo longe de nossas mãos. NÃO CONFIAMOS QUE OUTRA PESSOA CONDUZA TÃO BEM O NOSSO CARRO COMO NÓS.
É duro o que constatamos, mas não temos conseguido vitórias em nossa vida porque não confiamos totalmente em Deus.
Muitas vezes passamos para ele a condução da nossa vida porque não temos mais opções e mesmo assim, continuamos supervisionando o que Deus esta fazendo. Não DESCANSAMOS de verdade. O máximo que fazemos muitas vezes é mudar de lugar de piloto para navegador, aquele cara que fica orientando o pilotos nas corridas de rally.
Da mesma forma quando emprestamos o nosso carro novo para alguém que insistiu muito e não nos deixou outra opção a não ser entregar as chaves, mas não conseguimos dormir e nem fazer outra coisa até vermos o nosso carro entrar na garagem. Entregamos mas não confiamos.
Por isso Jesus falou bastante sobre crer com o coração. Em Lucas 24:25 E ele lhes disse: “Ó néscios e tardios de coração para crer tudo o que os profetas disseram!”, ou “porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não DUVIDAR EM SEU CORAÇÃO, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito” (Marcos 11:23). Já Paulo afirmou aos Romanos “a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, EM TEU CORAÇÃO CRERES que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rom 10:9). Isso tudo nos mostra que existe uma fé no coração, não na mente, na razão.
Podemos ver com muita clareza a diferença entre entrega e confiança no Salmo 37:5 quando o salmista diz: “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará”. Duas situações distintas que não podem ser confundidas para que não sejamos enganados pela falta de continuidade acreditando que por entregar estamos confiando.

Muitas vezes ENTREGAMOS ao Senhor mas não CONFIAMOS que ele fará.

A razão por que não CONFIAMOS é porque não CONHECEMOS e não conhecemos porque não nos RELACIONAMOS com ele o suficiente para tal. Estamos perto mas não temos proximidade, intimidade. Sabemos que Deus existe, o que ele faz, mas infelizmente não temos tido intimidade suficiente para CONFIAR a ele o que julgamos ter maior importância em nossa vida.

Jesus falava de uma fé eficaz. Uma fé que era diferente do que ele via em outras pessoas, até mesmo das pessoas que o acompanhavam diariamente como seus discípulos.
Diante do centurião ele disse “nem em Jerusalém encontrei alguém com uma fé como a desse homem”.
Em JOÃO 4, Jesus fala da fé da mulher que apesar de sincera, era INEFICAZ, “se você conhecesse o DOM DE DEUS e quem lhe esta pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva” (João 4:10).

Nossa fé é mal fundamentada quando não é fundamentada no conhecimento do DOM de Deus, aquilo que ele já nos deu através da redenção.

Nossa FÉ É INEFICAZ QUANDO CREMOS que ainda falta algo a ser feito por Cristo, e por isso precisamos nos ocupar de nós mesmos. Aí não descansamos e manifestamos a nossa incredulidade em DEUS (em sua palavra).

Na segunda epístola de Pedro 1:3 encontramos: “ Seu divino poder NOS DEU tudo o que precisamos para a VIDA e para a PIEDADE , por meio do pleno conhecimento daquele nos chamou para a vida e para a sua própria glória e virtude.”

Em João 4, Jesus estava dizendo: “se você conhecesse O QUE DEUS JÁ LHE DEU (O DOM DE DEUS) e quem é aquele que está falando com você, pediria e eu lhe daria muito além daquilo que imagina e muito além daquilo que precisa”.

Não podemos nos contentar em conhecer o que Deus pode ou o que ele quer, temos que conhecer quem Deus é. Até satanás conhece o poder de Deus e o que ele pode fazer por um dos seus filhos, mas ele não conhece o amor de Deus, não compartilha sua intimidade, isso só nós, os filhos, temos direito. DEUS É AMOR, o seu caráter é de comunhão e relacionamento.

Só poderemos confiar totalmente em Deus quando nossas atitudes forem iguais a de um filho que se lança inteiramente na dependência do pai, sem pensar em possibilidades, sem pensar em outra alternativa de suprimento para sua vida que não venha do próprio pai.

Por isso Jesus disse: “quem não se fizer como crianças não entrará no reino de Deus”. Jesus não estava nos instruindo a viver com meninices, mas a buscar um relacionamento de filhos com o pai.
Isso não se consegue com imposição de mãos e nem por uma oração fervorosa. Mas através da renovação da nossa mente (Rom 12:1). Isso leva tempo, afinal de contas... relacionamentos sólidos são construídos com ofertas de vidas de ambos os lados.


Miguel Levy

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

EU SOU DE DEUS

Miguel Levy
É muito bom e até confortável alimentar a idéia de que temos um Deus forte, grande, poderoso que nos chamou para si e que entre outras coisas cuida de nós. A garantia de proteção, livramento e suprimento pode satisfazer nossos pequenos anseios e até justificar nossa devoção e fé em Deus. Se apoiar no que esta escrito em 1 Pedro 2:9 é um grande consolo e motivo de orgulho. Fazer parte de um povo adquirido por Deus. Povo de sua propriedade exclusiva. Isso é uma benção, mas como tudo que vem de Deus, tem um propósito nele.
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” 1 Pedro 2:9

Na epístola de Pedro é muito evidente que o ser geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido não expressam um fim, mas um meio. Uma condição necessária para cumprir um propósito centrado em Deus. Tudo isso é necessário PARA QUE? Para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Um ponto bastaria e poderia encerrar esse assunto sem maiores explicações, fazendo cumprir unicamente o que está escrito. Mas vale a pena meditar e pedir ajuda ao Espírito Santo para que os nossos olhos sejam iluminados e a nossa mente liberta de todo egoísmo e ganância que naturalmente podem nos afastar dos planos de Deus.

É muito comum, baseados em nossos sentimentos naturais, mudar o foco do nosso relacionamento com Deus e sairmos da condição de participantes para, como muitas vezes imaginamos, o centro de tudo. Temos nos iludido com a idéia de que Deus esta ao nosso dispor pronto para viabilizar os nosso propósitos e com esse pensamento passamos a exigir de Deus coisas que muitas vezes podemos até ter mas que não constituem a prioridade nem o objetivo principal de Deus.

Em Mateus 6:25-26 Jesus diz: “Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?”. Em outras palavras, podemos entender que se somos de Deus, assim como as aves, se pertencemos a ele devemos deixar para ele o cuidado com a nossa vida a partir de então.

Em Jeremias 1 vemos Deus expressar que ELE cuida para que a sua palavra se cumpra. Os propósitos de Deus não são sonhos nem possibilidades. São fatos pré-existentes antes mesmo de acontecerem, pois uma vez estabelecidos em Deus, já existem.

Por isso, o quanto antes entendermos isso menos ansiosos e enganados vamos viver. Somos de Deus para... anunciar as suas virtudes. Para que o mundo conheça a excelência moral do nosso Deus. Para sermos suas testemunhas. Por isso Jesus disse: “Se alguém quer me seguir, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mat 16:11). O cristianismo é renúncia, é oferta em favor de alguém, é consagração.

Negar a si mesmo é ser oferta. É abrir mão de sonhos, propósitos e prioridades, onde o eu dá lugar a nós. Onde o indivíduo deixa de existir pelo bem coletivo. É o sentimento dos irmãos da igreja primitiva que uma vez convencidos do amor de Deus através de Cristo se desposicionavam em sua própria individualidade chegando a abrir mão da posse e da propriedade de seus bens. “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (Atos 4:32).

Tomar a sua cruz e seguir o caminho de Cristo. É bastante conveniente pensar em cruz como fim, mas para Deus, a cruz é só o começo. É o lugar onde vamos realmente cumprir o propósito sem qualquer tipo de contaminação, interferência natural ou humana, pois naturalmente, ninguém quer estar na cruz.

A caminhada mais difícil de Jesus foi até a cruz, pois sua natureza humana resistia ao sacrifício e a morte. Da mesma forma, todo o embaraço e dificuldades que sentimos em nossa caminhada cristã é produto da nossa natureza humana resistindo a cruz que todos temos que levar e que fatalmente resultará na mortificação dessa natureza para que o espírito recriado com o novo nascimento seja absoluto. Somente quando chegamos na cruz, perdemos o medo. Pois nem a morte pode nos fazer parar nessa caminhada. Na cruz, não temos nada mais a perder, só a ganhar. Só após a cruz, podemos fazer como Jesus, zombando da morte e do seu poder, agora superado.

Pelo que vemos na Palavra de Deus, entendemos que esse processo de aperfeiçoamento, amadurecimento e crescimento espiritual deve ser constante e a medida que avançamos nesse propósito, abrindo mão do que é propriamente nosso, afirmando com mais propriedade “ não vivo eu, mas Cristo vive em mim”, mais perto ficamos do verdadeiro significado de pertencer a Deus, e dessa forma podermos anunciar as virtudes de Deus.

Eu sou de Deus para Deus, não sou de Deus para mim. Nele, por ele e para ele existimos. Devemos ser felizes por poder fazer parte desse plano glorioso. Cooperador do projeto, participante do plano, membro do corpo.
Só quando estou consciente e convertido de que EU SOU DE DEUS é que entro no descanso e apenas contemplo suas obras em minha vida.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Existe um Padrão, Cristo.

Gosto muito de assistir comerciais, mostram de forma bem direta comportamentos que irão ser identificados nas pessoas que assistem gerando vínculo e associação ao produto que desejam promover.

O vídeo promocional que apresentamos, mostra o perfil inseguro que é presente em grande parte das pessoas hoje. Vivemos em um mundo que não faz questão de nos mostrar a verdade e muito menos de nos ajudar a identificar nossa natureza e identidade. A razão é simples. Quanto menos sabemos sobre nós mesmos, mais inseguros estaremos e consequentemente mais vulneráveis, sendo uma preza fácil, podendo ser manipulada e encaminhada para qualquer caminho.

Por isso vemos na carta que o apóstolo Paulo escreveu aos irmãos da igreja de Roma, a sua preocupação em alertá-los, e a nós também, sobre o cuidado em não se acomodar com a cultura desse mundo, mas que sempre buscássemos a renovação de nossa mente através da palavra da verdade que nos levará sempre a um só caminho, a liberdade em Cristo.

As pessoas hoje não buscam a verdade para as suas vidas, mas sim aquilo que julgam ser importante para a sua afirmação pessoal e aceitação pela sociedade. Estão antenadas no que o mundo sinaliza como padrão, ou modelo de sucesso a ser seguido. Entendem que sua realização esta fora e buscam encontrar isso sem qualquer cuidado com a origem de onde estão vindo todas as informações que irão ditar as regras de sua vida.

Até mesmo o senso de preservação, presente em qualquer animal, parece ser ignorado nessa busca. É possível presenciarmos verdadeiras mutilações, onde gordos ficam magros, magros se transformam em um monte de músculos, homens parecem mulheres e mulheres parecem homens. Tatuagens exuberantes que parecem ter vida própria em corpos volumosos cobertos por uma pele brilhante e lisa, não resistem mais ao tempo, perdem o volume se enrugam junto com a pele já cansada e queimada de sol. As borboletas parecem fechar as asas e os grandes dragões nos braços outrora sarados parecem diminuir e transformam-se em esguios lagartos.


Jesus Cristo veio apresentar não um padrão de vida, mas o padrão de vida que devemos buscar independente do tempo que vivemos. Por isso não devemos buscar o evangelho com a mesma expectativa que buscamos no mundo as novas tendências da estação, onde podemos escolher o que se adéqua ao nosso estilo. Mas devemos buscar na Palavra de Deus o padrão de Cristo que irá nos moldar a ele.

O apóstolo Paulo foi muito feliz quando se posicionou firme diante da pressão sofrida sobre a palavra que estava pregando, onde os judeus pediam sinais e o gregos sabedoria, mas ele afirmou que permaneceria com a mensagem da cruz, que poderia até parecer loucura, mas representava poder de Deus (1 Cor 1).

Percebemos grandes migrações entre as mais diversas denominações porque as pessoas tratam o evangelho como mercadoria, se posicionam como clientes e vêem no mundo o grande mercado para comercializar. De um lado vemos líderes com medo de perder clientes para outros, e na eminência de ter seus faturamentos ameaçados, fazem o que qualquer empresário sensato em um mercado competitivo faz. Se adapta. Modifica o produto, muda a comunicação, dá uma nova roupagem para se adaptar ao gosto e aceitação do consumidor e dessa forma o evangelho tem sido manipulado e as pessoas continuam sem se satisfazer pois essa falsificação de evangelho não produz efeito nenhum além do qualquer produto de comércio poderia produzir, pois seu poder de atuação se restringe apenas ao exterior, muda no máximo o comportamento.

Cristo não veio apresentar um novo produto para a humanidade consumir e delinear um novo padrão de comportamento para a vida das pessoas. Ele veio trazer uma opção de mudança de natureza do homem, gerando uma nova vida, chamada abundante, em uma nova criatura, para que dessa forma o homem pudesse ter convicção que ele é e dessa forma exercesse a autoridade que já lhe foi dada para que ao invés de buscar respostas nos mundo, viesse a se revelar como filho de Deus expressando seu amor e graça, fazendo calar o gemido angustiante da humanidade tentando se encontrar (Rom 8:19).


Passará o céu e a terra mas a Palavra de Deus permanecerá para sempre. Tudo pode mudar, mas Deus e sua palavra não mudam. Por isso, todo o esforço que empreendemos em busca de um evangelho que se adéqüe as nossas expectativas deve ser revertido em nos adequarmos ao evangelho de Cristo. Pois qualquer coisa, que seja pregada ou ensinada, mesmo que por anjos, que seja diferente do que Jesus Cristo deixou, dever ser considerado anátema, e portanto desprezado (Gal 1:8).

terça-feira, 21 de abril de 2009

Páscoa



Mais um ano em que nós, os cristãos, mencionamos a páscoa em nossas reuniões. Digo mencionamos, pois o que se vê esta longe, bem longe de uma celebração que, na minha opinião, é o que todos nós que acreditamos em Cristo e seguimos seu evangelho deveríamos fazer anualmente.

A páscoa foi instituída por Deus, podemos encontrar em Êxodo 12:1-14 a orientação divina para realização dessa cerimônia para o povo de Israel. O mais importante nesse acontecimento é entender o que Deus quiz nos mostrar com isso. Nada foi por acaso ou sem propósito.

A situação do povo de Deus na época era complicada. Após 400 anos de escravidão, mas estabilizada situação, o povo estava agora vivendo um tempo difícil. Já havia iniciado o processo de libertação que implicava na saída de uma nação de dentro de um país, o Egito, que perderia sua mão de obra barata e certamente comprometeria toda a sua estrutura. As intenções já estavam bem claras. Israel estava disposto a sair do Egito e o Egito, na pessoa do seu faraó, não estava disposto a liberar Israel. De qualquer forma, onde quer que terminasse esse conflito só uma coisa era certa. Esse relacionamento iria piorar, e muito. Se Israel não conseguisse sair do Egito a estável convivência entre senhores e escravos iria se tornar muito difícil.

Só para termos uma visão mais clara desse quadro e de como deveria estar o emocional do povo de Deus, faraó já havia resistido a nove pragas e não parecia disposto a ceder por nada. O próximo passo deveria ser definitivo para os dois lados.

Foi exatamente nesse ponto do conflito que Deus chegou com essa idéia de páscoa (do
hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα). Uma cerimônia cheia de detalhes em meio a um clima tão estressante. Quem poderia pensar nisso agora. Mas tudo o que Deus orientou foi preparando o homem para entender o seu principal objetivo. Revelar Cristo.

Primeira providência, cada um deve tomar para sí um cordeiro macho, sem defeito que deveria ser sacrificado no final da tarde. A sua carne deveria ser comida, e o seu sangue seria uma espécie de marca sobre cada família que acreditou e realizou essa cerimônia. A realização dessa cerimônia livraria as famílias da próxima praga que seria lançada sobre aquela terra, a passagem do anjo da morte sobre o Egito.

Surge uma pergunta. Deus sabia quais eram as famílias de israel e as do Egito? Será que precisaria mesmo ter essa marca de sangue na porta? O escritor aos Hebreus nos afirma que o que aconteceu antes de Cristo, tudo o que foi vivido na época da Lei era apenas um símbolo, uma espécie de representação pedagógica para que pudéssemos ter idéia do que nos seria apresentado. Uma sombra da realidade que seria vivida com a Redenção.

Mas vamos entender a lição. Não foi sem razão que Jesus foi preso, morto (sacrificado) e ressuscitou justamente no período da comemoração da páscoa. O evangelista João escreveu: “eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), identificando Jesus como o cordeiro utilizado no último e definitivo sacrifício que selaria a passagem, páscoa, da humanidade da morte para a vida, da condenação pelo pecado para a justificação pela fé, de devedor do diabo a herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo, de um futuro miserável no inferno para uma vida eterna com Deus. Essa é a páscoa que devemos comemorar sempre, pois temos motivos muito maiores e perpétuos. Os judeus comeram o cordeiro do sacrifício, se livraram da vida de escravidão no Egito e depois certamente morreram, Em João 6:51, o próprio Jesus afirmou que quem comesse dEle, da sua carne e do seu sangue, viveria eternamente.

Deus com a instituição da páscoa estava sinalizando que o seu povo deveria aprender a viver por fé nEle, acreditando sempre no Ele diz, sem contestação. O sangue do cordeiro marcou as portas do povo de Israel no Egito abrindo o caminho da passagem para a liberdade. O sangue de Jesus, derramado na cruz, abriu um novo e vivo caminho, garantindo a passagem (páscoa) do pátio, do átrio, de um lugar próximo de Deus para a sua completa intimidade (Hebreus 10:19-20). O grande sinal de Deus em mostrar sua clara intenção em estreitar o seu relacionamento com o homem foi o véu do templo sendo rasgado (Mateus 27:51). A passagem da separação para a intimidade e comunhão. A páscoa do relacionamento.

Mais uma vez citando Hebreus no capítulo oito, podemos constatar que realmente estamos vivendo uma aliança infinitamente superior a antiga, feita com a Lei, e os motivos de comemoração da páscoa para nós, redimidos pelo sangue puro e sacrifício perfeito de Cristo, também são infinitamente superiores.

Enquanto muitos de nós nos consumimos tentando explicar ou justificar o uso ou desuso de coelhos e ovos de chocolates na páscoa, deixamos de enfatizar o que realmente importa na páscoa. Nossos filhos, amigos e irmãos em Cristo devem ser estimulados a celebrar a páscoa entendendo o seu significado e importância para nossa vida, para que dessa forma, esse dia da páscoa possa servir de memória pelas gerações até que Jesus volte, dessa vez não como o cordeiro, mas como o leão, triunfante, que dessa vez nos levará para celebrar a última páscoa, chamada bodas do cordeiro, a grande festa que nos levará de forma definitiva a condição que Deus planejou para nós. Será mais uma passagem, uma páscoa.

Miguel Levy

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

SANTIDADE É RELACIONAMENTO



SANTIDADE É RELACIONAMENTO

Santidade é uma palavra que geralmente impressiona e traz uma conotação bastante espiritual nas pessoas. Quando se fala de santidade é muito comum imaginar um tipo de relacionamento estreito com Deus, coisa que não é para muitos. É comum encontrarmos quem busque isolamento para se santificar, entendendo que sua purificação poderá ser comprometida com o contato com o mundo e as pessoas. Mas quem pode conseguir esse tipo de relação de santidade, até por que a Bíblia mesmo mostra que Deus exige santidade no seu relacionamento com os homens quando diz: “Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo.” (Lev 11:45), ou ainda quando lemos 1 Pedro 1:16: “sejam santos porque eu sou santo”. E a grande pergunta é: QUEM PODE ser santo para isso, ou o que podemos fazer para sermos santos e vivermos em santidade. Concluimos que essa não é uma questão recente pois o salmista já meditava sobre isso em sua época.
No Salmo 15:1-3 vemos o mesmo questionamento e suas conclusões.

“Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar...”.

Podemos esclarecer mais um pouco. Quem habitará no teu santuário? Ou seja, quem pode ser santo o suficiente para habitar com Deus? A resposta vem de imediato, diz que santo é aquele que é “íntegro em sua conduta e pratica o que é justo”. Meditando nessa primeira parte da resposta do salmista podemos constatar que essa atitude que caracteriza o santo não é praticada do homem para Deus e sim do homem para o homem. Aquele que “é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo” para outras pessoas, para os seus semelhantes. O texto diz que santo, o que pode habitar e ter relacionamento com Deus, que é santo, é aquele que “de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar...”. Mais uma vez fica claro que não podemos mentir para Deus e nem difamá-lo. Isso nos deixa claro que esse procedimento do que busca santidade é mais uma vez voltado para outras pessoas.

Santidade é acima de tudo relacionamento. Quando se fala que santidade é SEPARAÇÃO não quer dizer que seja ISOLAMENTO. Muitos buscando relacionamento com Deus acabam se isolando das pessoas e isso é um erro. Deus, por ser santo, quando quis mostrar sua santidade não se isolou no confinamento de sua morada. Ele quis se relacionar com o homem, ele quis compartilhar a sua vida mostrando que poderia sim, ser santo, ser SEPARADO, do pecado, da injustiça, da mentira de tudo que poder corromper o caráter sem se ISOLAR do pecador, do injusto, do mentiroso, de nós. Em Filipenses 2 vemos o Deus se despindo, descendo da plataforma intocável de sua santidade para se ser homem, se relacionar com a humanidade no mundo sem deixar de ser santo.

O apóstolo Paulo falou bastante sobre relacionamento entre irmãos, ou seja, sobre santidade. Em Colossensses 3 nos aconselha a nos vestirmos de MISERICÓRDIA, BONDADE, HUMILDADE, DELICADEZA E PACIÊNCIA. Tudo isso só serve, só tem utilidade na vida de outras pessoas. Imaginem alguém buscar santidade exercendo misericórdia com Deus? Nem soa bem nos ouvidos. “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente”, isso é processo de santidade. Isso é relacionamento. Não podemos buscar relacionamento com Deus mantendo nossos corações feridos.
Ao seu discípulo Timóteo, Paulo aconselhou a preservar as mãos santas e explicou que mãos santas são mãos sem IRA e sem CONTENDA (1 Tomoteo 2), e isso também é em relação a pessoas. Contender contra Deus puro devaneio.

Mas o fechamento que traz aos nossos ombros toda a nossa responsabilidade que temos em buscar a santidade, encontramos na carta aos Hebreus 12:14-15, quando diz: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem SANTOS, sem SANTIDADE ninguém verá o Senhor”
V 15 – “cuide que ninguém se exclua da Graça de Deus; que nenhuma raiz de AMARGURA (ressentimento contra pessoas) brote e cause perturbação, contaminando muitos”.

Esforcem-se para viver em PAZ COM TODOS. Isso é muito simples e muito grande. A paz que devemos manter é com todos, e nesse caso não fala de próximo, uma vez que querendo, nós podemos gerenciar quem esta na nossa proximidade para ser nosso próximo. Mas a Bíblia fala paz com todos. O que mais dizer? Paz e Santidade. Se não formos santos e não vivermos em paz com TODOS, Ninguém vai ver Deus. Isso é muito sério.

Em colossenses 1, Paulo diz que Cristo é a revelação visível do Deus invisível e que esse mesmos Cristo é o primogênito da nova criação de Deus. Deus foi revelado ao mundo através de Cristo. Cristo expressando amor, perdão, misericórdia, compaixão e todos os atributos de quem Deus é, mostrou Deus ao mundo. O Deus invisível passou a ser visto pela expressão de Cristo as pessoas. Sendo Cristo o primeiro, nós somos a continuidade dessa geração responsável por revelar de forma visível Deus as pessoas no mundo, e nós podemos impedir que as pessoas vejam Deus. Deus só pode ser visto em nós se formos santos e vivermos em paz com todos.

Santidade não é uma questão de opção, é um caminho sem volta para todo cristão. Cada pessoa problemática que nos deparamos deve ser vista como uma grande oportunidade de expressarmos e revelarmos Deus ao mundo, contribuindo no aprimoramento de nossa santidade. Talvez aquele grande chato que ninguém suporta aquela persona non grata que todos evitam, seja tudo o que precisamos para sermos santos como Deus é.

Se alguém decide pela reclusão, pelo isolamento na busca pela santidade, mantendo estreita comunhão somente com Deus certamente o seu comportamento terá o mínimo de deslizes, não irá mentir, difamar, trair, manterá a paz com todos, no caso ele e Deus. Estará separado, não tem para quem revelar o Deus santo. O mérito da santidade não esta em não fazer por não poder e sim no poder e não fazer. Santo não é o que não briga com ninguém, mas sim o que até se ira, mas não peca e nunca deixa o sol se por sobre sua ira. O santo até ofende mas se retrata, é ofendido mas perdoa. Se permite correr o risco de errar mas não se nega a oportunidade de crescer no relacionamento e na comunhão uns com os outros, sendo enriquecido dentro do propósito divino para todos nós. Frutificar. Sendo santos como Deus é santo. Seja santo! Se misture!

Miguel Levy